sexta-feira, 9 de março de 2012

"Só mesmo um incompetente não governa com maioria", diz João Fontes

Fonte: Universo Político

"Foi assim com Albano, João... vai ser com Déda e com Amorim, quando chegar ao governo"
Déda: aposta de João Fontes

No início da noite desta quinta-feira 8, o ex-deputado federal João Fontes, que decidiu abandonar a política partidária e cuidar dos próprios negócios, comentou, por telefone, com o Universo como está acompanhado, mesmo que à distância, por conta da nova vida, os acontecimentos envolvendo o governador Marcelo Déda (PT) e os irmãos Edvan e Eduardo Amorim, que culminaram no rompimento da aliança, e, posteriormente, em exonerações e na necessidade de o governo do Estado recompor a sua bancada de sustentação na Assembleia Legislativa de Sergipe. João joga todas as suas fichas na capacidade de Déda voltar a governar com maioria.

"Só mesmo um incompetente não consegue governar com a maioria, e Déda já mostrou que é inteligente. Perceba que ele está agindo em silêncio. E só os sábios agem dessa forma. Déda está fazendo calado. Está certo. Quem fala muito entrega a pérola que está construindo ao adversário. É lógico que dá trabalho recompor a bancada. É preciso muita habilidade para costurar tudo. Mas Déda governará com a maioria. Até porque sempre foi assim. Foi assim com Albano, João, Valadares vai ser com Déda e com Amorim, quando ele chegar ao governo", disse João Fontes.

Segundo o ex-deputado, o racha no chamado governo de coalizão já era esperado. João Fontes avalia que tudo é possível na política de Sergipe. "Nada é novidade. Cada ator deste jogo já esteve antes com o adversário. E todo mundo traiu. É novela mexicana. Déda e Amorim eram inimigos, ficaram amigos, romperam e podem voltar o namoro. O grupo que está no poder sai pegando quem quer. Só não tem maioria se for incompetente. Qual foi o governo que não conseguiu isso em Sergipe? O PT chegou com minoria, mas Lula construiu maioria", explicou.

João Fontes assegurou ainda que os irmãos Amorim terão sérias dificuldades para manter todos os deputados que hoje estão na base. "Dificilmente, vão segurar estes deputados. Mesmo com a Lei de Fidelidade Partidária, é muito difícil. Eu sei como deputado gosta do cheiro da caneta do governo. Sempre foi assim. Em 1994, Jackson Barreto venceu a eleição no primeiro turno. Albano venceu o segundo e JB levou o grupo para o governo. No dia do rompimento, um deputado me disse que não sairia ninguém. Eu disse, na próxima semana, a gente conversa. Déda voltará a ter maioria. A dificuldade, agora, é por conta da escolha do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE)", acredita.

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