Ministério Público diz que as crianças estavam em situação de risco. Um bebê foi levado para o Pará e está sob os cuidados de uma juíza.
O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) entrou com uma ação de suspensão do poder familiar após a análise de relatórios do Conselho Tutelar no município. Em janeiro, seis delas foram levadas e após um os conselheiros levaram uma menina de sete anos. “Nem como, nem bebo, nem nada. Só pensando em meus filhos. Queria que eles voltassem para casa comigo”, diz a mãe emocionada.
O promotor de Justiça, Bruno Melo Moura, disse que as crianças estavam em situação de risco. “Foi possível observar que uma menina de aproximadamente sete meses estava desnutrida, ela tinha peso e tamanho de um bebê de três meses. Também verificamos que uma criança com deficiência passava cerca de uma semana sem tomar banho”.
Afonso levanta a hipótese de a criança ter sido levada para outro Estado por ter as características mais citadas na fila para adoção. A menina é branca e tem olhos claros devido a descendência dos holandeses que colonizaram o município. “Se fosse um de cor certamente não teria um destino desse tão distante”.Fato estranho
De acordo com Bruno Melo, cinco crianças estão em abrigos de Aracaju e outras duas sob o cuidado de famílias, sendo que uma delas está em Belém, no Pará. O advogado da família, Paulo Afonso, disse que estranhou o fato de a filha mais nova ter sido levada para tão longe ao invés de alguma família de Sergipe ter ficado com a guarda provisória da menina.
“Uma delas foi praticamente tirada do peito da mãe quando tinha cinco meses de idade e entregue a uma magistrada de Belém do Pará. Isso deixa a gente com uma interrogação, querendo saber o por quê. Será que em Sergipe, em Porto da Folha que é o município deles, não existe nenhuma família tivesse a compaixão para ajudar essa criança?”, questiona o advogado.
Possibilidade de volta
O promotor de Justiça disse que há a possibilidade de as crianças voltarem para casa. “Passado esse período de prova, o MP vai requerer a reinserção gradativa, primeiro os mais velhos. O MP e o Conselho Tutelar vão monitorar essa volta e depois disso haverá a reinserção dos mais novos”.
Uma audiência entre o promotor de Justiça, as testemunhas e os pais das crianças está marcada para a quinta-feira (29).
Fonte: G1 SE
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